quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Carnaval e entrudo!

Passou a fase do carnaval, ...ou do entrudo!
Não é uma das minhas fases favoritas, mas enfim, ... tenho que passar por ela como toda a gente!
É o carnaval, onde a carne entra ao rubro! Carne na gastronomia, e desfile das carnes! Na gastronomia, o abusar da carne em cozidos, feijoadas, bem recheadas, enfim até ao limite da Segunda-feira gorda, com queda inclusivé para a Terça-feira de Carnaval! Ui! É só para a engorda! Após estes dias temos o peixe, o jejum, a abstinência e o sacrifício! No desfile das carnes, temos a folia, o corso, o samba, a bailarina, o calor, o corpo oleado, a dança, o contorno do movimento, o diabo no corpo,... o carnaval na sua essência - o desfile da carne.
Ainda sou do entrudo. Ou melhor costumava conviver com o entrudo, em que íamos de casa em casa, palmilhando toda a localidade, vizinho em vizinho, com uma voz esgrazinada, ainda por definir, e mascarada, pedir: " Tio, tio! Dá um ´cadito de chouriça?" E no final as diabruras! Eh eh eh eh!
A filhota este ano lembrou-se de percorrer a terra com a antiga tradição. Ela e mais três entrudos; e tiveram sucesso, embora o povo já não dê chouriça, mas sim doces. Surpreendeu-me... Andar a pé pela terra, de casa em casa a pedir "chouriça", ou melhor a pedir qualquer coisita, é um autêntico desafio ao acto da coragem e desinibir da personalidade. Parabéns!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Nada a declarar...

Há uns dias que a cabeça tem vivido em remoinho absoluto. Por isso ao passar a alfândega, só tenho a citar: "Nada a declarar!"

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Mais uma fatia de Btt...

Foi, como direi,... com alguma alegria, mas especialmente dor e cansaço (não o nego), que consegui ontem concluir finalmente, mais uma fatia de um percurso, pensava eu, intransponível para um mero mortal como eu. Após 26 ( vinte e seis) quilómetros, e três horas de pedalada, e segundo reza, não sou nenhum herói. Percorri com esforço, na minha ramona, ou cavalona de ferro, passando a ser tipo carro vassoura. Mas no entanto, ressalvei algum outro lugar ainda belo e pouco mexido pela poder económico e pelo poder manual do homem, ... quem diria ao pé de casa, praticamente.
Próximo Domingo há mais, á mesma hora, para completar e comer finalmente a ultima fatia do tão falado percurso da localidade, traçado em exclusivo, pelos mordomos da localidade (claro que só pelos mais viciados, tipo os que casam com as bicicletas).

P.S. (Post Scriptum) - Levar, sem sombra para dúvidas, máquina fotográfica digital, para próxima aventura.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Twitterar.

Ando twitterando!
Tinha ouvido falar ás uns dias, desse novo fenómeno de massas e internautas, através do blog do Markl, e o do David Fonseca, e cativou-me. Temos um conjunto de entidades e pessoas, que subscrevem o que andam a fazer, ou escrevem sobre o que lhe apetece. Ou seja, "deixa-me cá ver o que este pessoal anda a fazer, a estas horas."
Mas, há limites. Claro! Têm exactamente 140 caracteres para escrever. Mais nada. O que nos transforma em masters de síntese do dia-a-dia. Espectacular!
Acabo por ter notícias e novidades fresquinhas, a qualquer instante, de todo o mundo. Cada vez que faço home, pás! È pazadas de informação e notícias. Claro que se tem de follow em outros perfis de twitters, Mas é fantástico. Por exemplo, fiz um follow, ás principais agências de notícias mundiais, europeias e nacionais, tipo BBC, digg, CNN, Sic, Google, Guardian, New York Times, Público, …; outro follow a algumas personalidades e entidades internacionais, como Obama, Greenpeace, Metallica, Gore, Nasa, Deftones, Markl, Cão Azul, David Fonseca, … enfim, já follow cento e poucos. Resumindo e concluindo, acabo por ter as notícias, sempre um passo á frente da sua edição normal física, e acabo por saber da vida social de todo o mundo, um dois em um fantástico.
Dá-me vontade de apreguar, a plenos pulmões: “Olha á novidade fresquinha! É pró menino e pra menina!”
http://twitter.com/ditonysius

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Bikando em combate.

Ontem armei-me em bravo do pelotão!
Ás 8:30h levantei-me, passei um balde de água fria pelas fussas, á maneira do avô paterno; kitei-me, com calções, t-shirts e sweat, sapatilhas Nike todo-o-terreno (™ ou pub), camel-bag (que quase me dá a sensação de ser um), luvas, capacete Berg (™ ou pub), duas barras, para o caso de me dar um fanico e cair para o lado, e uma banana, para o caso de ter daquelas cãibras horríveis; tomei o pequeno-almoço, uma tigela de cereais com leite meio gordo, ou meio magro; dei ar aos pneus, lubrifiquei roda cremalheira, acertei conta-quilómetros; carreguei a ramona (in Calão é gíria – II), e siga para o desconhecido.
Cheguei ao ponto de encontro, e á hora combinada 9:02h (era 8:50h mas a preparação de todo o aparato tem destas coisas) e primeiro passo, uma aula prática: Como agir perante um furo no pneu, nomeadamente se este for tubless? Simples; põe-se uma câmara-de-ar. Foi o que fizemos.
Depois de totalmente kitados e aprovisionados, e sob a ameaça de uma enorme tempestade que se ia formando (ok! Era somente cacimba), pusemo-nos em marcha. Com um prévio traçado já muitas vezes sulcado, lá arrancamos por meio de pinhais e arvoredos, leitos de rio e poças de água, areia e barro, alcatrão e buracos, descidas e subidas acentuadas; e no final de cada etapa, a pergunta pertinente: “Como é camarada?” - ao que retorqui cheio de bravura e peito dorido - “Siga para bingo!” (embora os bofes já saltassem pelos olhos, e a respiração sentia-se a entrar como bárbaros impiedosos a lapidar tudo o que mexesse pelo caminho).
Foi um desafio, cumprido quase na íntegra; a preparação física estava em alta, mas não preparada para tanto solavanco, pujança, gravêlhos, caruma, lama, terra, água e ar (só faltou mesmo o fogo). Desisti depois de ¾ do percurso estar cumprido.
Balanço desta prova de fogo (ah! Aqui está ele o quarto elemento): Quando é a próxima etapa?

Calão é gíria - II

Ora, mais uns substantivos populares, perdidos por essas colinas inacessíveis da sabedoria popular:
ramona - modelo de bicicleta posterior ao famoso modelo "pasteleira", em elevado grau de deterioração e oxidação, no entanto ainda funcional, mas com a contapartida de ninguém lhe pegar.
dia de pica-boi - dia que inevitavelmente temos que pegar em nós para ser explorados e de fazer render alguns tostões para a economia mundial, senão europeia, ou ainda mais específico nacional, num cariz mais local.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Estudo do Meio ou a meias!

Ando a estudar!
Salvo seja. A estudar ando todos os dias como diz o povo: “Todos os dias, entro para o meu primeiro dia de escola!” Ando a ajudar a estudar a filhota, para os exames periódicos da escola. Estudo do Meio, Matemática e Português. Uma salganhada de saberes. Primeira disciplina: Estudo do Meio. Funcionalidades da flor, folhas, caule e raiz. Acho que vou eu fazer o teste. Há ainda o património, já me esquecia. O que é, e para que serve, nomeadamente.
Penso que está “au point”. Vamos ver a classificação, e veremos se não terei de retirar alguns privilégios ainda durante este período, e até ao final do ano, cara menina. É que o pai sabe a matéria, mas nesse dia, já tou de serviço noutro lado: dia de pica-boi.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

A Chefe da tasca "Chez Moi"

Um repasto bem caseiro!
Foi o que foi; ontem, hoje e amanhã (tem nada a ver com o célebre tema do José Cid).
Ora ontem tivemos salada de feijão-frade com atum, com um leve agro de cebola, um aroma a orégãos pimenta, e regado com um fio de azeite de Pelmá. A acompanhar um “Chaminé” alentejano de raça, de Cortes de Cima. Só faltou mesmo o célebre pão torrado, barrado com azeite e orégãos, que tantas noites me satisfaz, antes de ir dormir o sono dos justos… só de pensar nisso estou a lambuzar-me todo.
Hoje, a famosa feijoada caseira, confeccionada com feijão carrapato demolhado da lavra, chouriço caseiro do fumeiro dos pais, e fêvera da ultima matança da marrã (fêmea do porco, suíno). Um deleite;… que saudades destas feijoadas,… mas só no Inverno, é claro, porque é quando preciso de poder calórico; porque o Verão clama por saladas e churrascos, com a intenção de criar um corpinho Danone.
Logo á noite, os famosos grelos de nabo, com broa de milho esburgada, bife assado na brasa, com dente de alho, a famosa aspersão de azeite, e o baptismo do “Chaminé” (que é uma virivilha – popular). Nada de sobremesas, só petiscada, para saborear o aroma da terra; não que eu tenha vontade de comer terra, ou eventualmente roer uma leiva de barro, por carência de alumínio, ou simplesmente por ter um desarranjo intestinal. Simplesmente por sentir o sabor de uma comida á antiga: caseira. Os meus agradecimentos á chefe, que nos surpreende com estes petiscos á la carte. O meu bem haja!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Efeito Borboleta

Estamos no meio do dilúvio, e a profecia está para ser cumprida.
Segundo as estatísticas, sim porque há vagar para tudo e mais alguma coisa neste país á beira-mar plantado, já não pára de chover á vinte e tantos dias. Já só faltam outros vinte e poucos, e o dilúvio está eminente. Ainda bem que pensei atempadamente na coisa, e quando fiz a minha moradia, ergui-a sobre o morro mais alto da localidade, e ainda por cima a jusante tenho uma localidade que tem mais ou menos cerca de 100 metros a menos de altitude, o que acaba por ser um enorme alguidar natural, para encher primeiro; e a poente tenho uma barreira artificial erguida pela mão do homem, que é um marco á engenharia nacional e em constante evolução (tipo como as obras da Santa Engrácia, nunca se concluem). De qualquer modo, tenho a tábua de passar a ferro, estrategicamente colocada, em caso de necessidade maior.
Mas ainda bem que chove, e que há mau tempo, e perdoem-me a minha tendência para este desejo, porque os noticiários têm um pequeno grande problema, pegam numa notícia, e o que era um bater de asas de uma borboleta na Amazónia, transforma-se num impacto universal, questionando a passagem pelo Vaticano, pelos agricultores de chá Tailandeses da costa Oeste, pelo possível envolvimento de José Sócrates no caso Freeport, pelos recifes de coral da Nova Zelândia, pelo despedimento de “x” empregados da Quimonda, pela expedição ao Pólo Sul, …, por semanas e meses, nhãm, nhãm, nhãm, bla, bla, bla, …
Ufa! Deixa mudar de canal. Daqui a um mês faço novo zapping, e continuo a saber do mesmo, e volta tudo ao ponto inicial: o bater de asas de uma borboleta.
Mas afinal o que tem a ver uma coisa com a outra?
Ah! Ok! Nada.